sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

— Sherlock Holmes em: Um Estudo em Vermelho - Sir Arthur Conan Doyle

Acho que o cérebro do homem é originalmente como um pequeno sotão vazio, que temos de abastecer com a mobília que escolhemos. Um tolo pega todo e qualquer traste velho que encontra pelo caminho, de modo que o conhecimento que poderia lhe ser útil fica de fora por falta de espaço ou, na melhor das hipóteses, acaba misturado com uma porção de outras coisas, o que dificulta o seu possível emprego. Mas o trabalhador de talento é muito cuidadoso a respeito do que coloca no seu sotão-cerébro. Só acolhe as ferramentas que podem ajudá-lo a realizar o seu trabalho, mas dessas ferramentas ele tem uma enorme coleção, e tudo disposto na mais perfeita ordem. É um erro pensar que o pequeno quarto tem paredes elásticas e pode distender em qualquer dimensão. Acredite , chega uma época em que para cada novo conhecimento é preciso esquecer alguma coisa que se conhecia antes. É da maior importância, portanto, não ter fatos inúteis empurrando para fora os úteis.







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